Raras vezes uma obra publicada originalmente em 1927 terá tido uma tão profunda actualidade. “A Crise do Mundo Moderno” é a denúncia de uma sociedade e de uma cultura completamente rendidas ao lucro, à quantidade, à obsessão do crescimento económico, à ilusão do «progresso», ao desprezo por tudo o que seja sobrenatural ou espiritual. «Irá o Mundo Moderno até ao fundo desse declive fatal ou, como aconteceu na decadência do mundo greco-romano, uma nova recuperação ir-se-á produzir, ainda desta vez, antes que atinja o fundo do abismo para onde foi arras-tado?» O leitor de hoje só pode repetir, com maior angústia ainda, esta interrogação que Guénon lançava ao destino na longínqua primeira metade do século XX.
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