António Ventura“António Ventura é professor de História na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Esta semana lançou um novo livro com o título “Chefes de Governo Maçons – Portugal (1835-2016)”. Depois do 25 de Abril, só há registos para o primeiro chefe de governo a seguir à revolução dos cravos, Adelino da Palma Carlos, e para Mário Soares, iniciado em França antes do fim da ditadura. No entanto, António Ventura recorda como, em visita ao Grande Oriente Lusitano, Mário Soares foi tratado como “poderoso irmão”. O historiador também é maçon. Hesitou um bocadinho antes de responder.

Assume que o primeiro primeiro-ministro a seguir ao 25 de Abril, Adelino da Palma Carlos, foi sugerido pela maçonaria. Acontece que a primeira escolha de Spínola para primeiro-ministro foi Raul Rego, também ele maçon destacado… porque se opõe à teoria de que a maçonaria pressionou o general Spínola para escolher como chefe de governo um dos seus?

Por uma razão muito simples: só pressiona quem tem poder, quem tem força para pressionar. E a maçonaria, na altura, não tinha força. Ainda por cima, pressionar o general Spínola! O general Spínola nada tinha a ver com a maçonaria. Sabe-se que o nome de Adelino da Palma Carlos foi sugerido por maçons, mas nunca imposto. A maçonaria, na altura, estava reduzida a uma expressão quase insignificante, quatro ou cinco lojas em funcionamento e só duas em funcionamento regular, algumas dezenas de membros… Como poderia a maçonaria pressionar o que quer que fosse? O grande problema, muitas vezes, é o “diz-se que alguém disse que alguém disse”, e depois aparece essa ideia de que a maçonaria pressionou a nomeação de Adelino da Palma Carlos. O sugerir é uma coisa, pressionar é outra completamente diferente. E só pressiona quem tem poder, o que não era o caso.

Mas foi o próprio Raul Rego a assumir que a maçonaria pressionou…

Diz-se que ele terá dito. Ele não esteve envolvido nessas conversações iniciais. Os contactos iniciais com o general Spínola foram feitos pelo comandante Simões Coimbra, que era oficial da Marinha, tinha contactos, e teve um papel fundamental na altura para fazer a ponte com os militares que tomaram o poder. Houve contactos, conversas, e foi isso que fez com que o palácio [do Grande Oriente Lusitano] fosse devolvido pela Junta de Salvação Nacional, depois de ter sido cedido ao PPD [hoje PPD/PSD] inicialmente.

Ai foi cedido primeiro ao PPD?

Inicialmente foi cedido ao PPD. Na altura, todas as forças políticas, sindicais, pediram instalações. E o Palácio Maçónico, onde estava instalada a Legião Portuguesa, foi cedido pela Junta de Salvação Nacional ao PPD.

Essa história não é muito conhecida…

Na minha “História da Maçonaria” publico o documento original assinado pelo comandante Simões Coimbra, pelo prof. Dias Amado, pelo dr. Adão e Silva em que eles dizem “Atenção, o palácio é propriedade do Grande Oriente Lusitano e nós temos as escrituras, etc., etc., e foi confiscado ilegalmente em 1935”.

O PPD chega a instalar-se no Palácio Maçónico?

Não, porque a Junta de Salvação Nacional faz outro documento devolvendo o Palácio Maçónico ao Grémio Lusitano. É um episódio curioso.

Agora, Raul Rego foi convidado para ser primeiro-ministro do i Governo Provisório antes de Palma Carlos…

Raul Rego era um maçon ativo, pertencia à loja Liberdade. Participava em trabalhos maçónicos regulares, estava em atividade. Havia muitos maçons que não estavam. Isto é, depois da proibição, em 1935, muitas lojas desapareceram. E desaparecendo as lojas, os maçons deixaram de ter atividade maçónica. Muitos deles voltaram à atividade depois de 1974. No caso de Raul Rego, não. Ele foi iniciado na clandestinidade, na loja Liberdade, e continuou em atividade depois disso.

Com os casos de Raul Rego e Palma Carlos podemos dizer que a maçonaria teve influência na escolha do primeiro governo pós-revolução. 

Mas porque é que eles foram convidados para primeiros-ministros do i Governo Provisório? Eram personalidades que tinham um perfil adequado ao cargo. O facto de serem maçons era acessório, em meu entendimento. Raul Rego era diretor do “República”, uma personalidade eminente da oposição, republicano e socialista… Portanto, tinha todo o sentido. Era maçon também. Adelino da Palma Carlos, justamente pelo perfil de democrata, independente, uma figura muito prestigiada no mundo do direito como professor e não só. Era um democrata, mas independente. É assim que eu os vejo, não de outra maneira. Ainda para mais, no governo houve problemas graves entre Adelino da Palma Carlos e Raul Rego [que foi ministro para a Comunicação Social]. Houve problemas complicados entre os dois e os dois eram maçons! O que mais uma vez prova que a maçonaria não estava a instrumentalizar coisa nenhuma porque, se estivesse, esses problemas teriam sido superados.

Que problemas é que eles tiveram?

Foi sobre o chamado “golpe Palma Carlos” [Adelino da Palma Carlos tentou reforçar os seus poderes como primeiro-ministro e não conseguiu. Demitiu-se ao fim de 55 dias de governo]. Houve uma discussão acesa entre Palma Carlos e Raul Rego por causa disso. O que demonstra que não havia qualquer convergência maçónica entre os dois.

A fraternidade maçónica não funcionou ali…

Não funcionava ali. O que estava em causa eram opções políticas diferentes.

Vamos a Mário Soares. Não tem dúvidas em classificá-lo como um chefe de governo maçon… 

Para os classificar como maçons parto do princípio que foram iniciados. Uma vez iniciado maçon, considero que foram maçons, independentemente do percurso que cada um teve. E nesses 30 e tal chefes de governo que estão aí elencados há situações muito diversas. Há aqueles que foram maçons na juventude e depois deixaram de ter qualquer tipo de atividade maçónica. E há aqueles que tiveram atividade maçónica até à morte e até desempenharam cargos importantes em obediências maçónicas. O que eu entendo por maçons são aqueles que foram iniciados na maçonaria.

Mas isso é uma definição maçónica? Uma vez maçon, sempre maçon?

Há quem tenha essa opinião. Isto é, a partir do momento em que alguém é iniciado é maçon até à morte.

Mário Soares renegou a maçonaria. Ou seja, afastou-se, não participava, criticava os rituais.

Mário Soares deixou de ter atividade maçónica. Mas há inúmeros casos desses. Os mais importantes detratores da maçonaria em Portugal foram antigos maçons. Por exemplo, em 1935, quando a maçonaria é proibida, o prof. José Alberto dos Reis, que era presidente da Assembleia Nacional, é um velho maçon da loja Fernandes Thomaz, da Figueira da Foz. O ministro do Interior nessa altura, o coronel Lopes Mateus, era um velho maçon da loja José Estêvão, de Aveiro. Houve cinco deputados que votaram a favor da proibição da maçonaria que eram antigos maçons. Ou seja, foram iniciados maçons. Alguns deles tiveram uma atividade longa, mas a partir de certa altura deixaram, renegaram. Agora, a iniciação ninguém lhes podia tirar… Mas seguiram percursos completamente diferentes e alguns totalmente opostos em relação à maçonaria.

Maçons que traíram a maçonaria…

Mas isso é clássico. Eu entendo que a iniciação converte alguém que não é em maçon, mas depois há um caminho a percorrer. A iniciação abre a porta, mas há muitos que não passam do vestíbulo. Alguns até fecham a porta e voltam atrás, mas a iniciação não se pode tirar. Serão maçons na medida em que um cristão batizado é cristão, mas pode converter-se num ateu militante até à medula pouco tempo depois.

Portanto, Mário Soares não passou do vestíbulo na maçonaria…

Mário Soares teve uma atividade muito pequena em França. Foi iniciado na Grande Loja de França, o que é curioso. Não foi no Grande Oriente de França, que tradicionalmente era a obediência mais à esquerda, digamos assim, em França.

Porque é que isso aconteceu?

Por razões pessoais. Ele explica isso. Foi através de um amigo que estava na Grande Loja de França que ele foi para lá. Tanto quanto se sabe, não passou de companheiro, nunca chegou a mestre. Mestre é um maçon pleno, na plenitude das suas atribuições, direitos e deveres. Depois, quando voltou para Portugal, não retomou a atividade maçónica.

Conta dois episódios muito interessantes. Um é que Mário Soares terá feito uma chamada “prancha” maçónica, numa reunião em França, e que mesmo em Portugal, enquanto primeiro-ministro, esteve numa sessão do Grande Oriente Lusitano que, segundo percebi, quase se pode classificar como uma sessão maçónica, porque é introduzido como “irmão”, “poderoso irmão”… Podemos dizer que Mário Soares participou numa sessão maçónica do Grande Oriente Lusitano?

Mário Soares visitou o Grande Oriente Lusitano quando era primeiro-ministro, em 1977. Outros governantes, que nunca foram maçons, também o fizeram. O Presidente Sampaio, que nunca foi maçon, também visitou. Agora, a documentação que existe em relação a essa visita fala numa sessão de boas-vindas. Faltam testemunhos diretos, pessoais, dos que lá estiveram. Mas eu creio que se tratou de uma sessão não ritual, digamos assim. Claro que Mário Soares é classificado como “irmão” porque, tendo sido iniciado, era considerado maçon. É nesse contexto.

A expressão era “poderoso irmão”…

É exagerado, porque um qualificativo de poderoso só é dado a maçons que desempenham determinados cargos ou no poder executivo ou no poder legislativo dentro da maçonaria. Ora, Mário Soares nem sequer mestre maçon era. Não sendo mestre, não podia desempenhar qualquer cargo em qualquer obediência.

Foi uma saudação exagerada?

Foi uma deferência por parte de José Magalhães Godinho, que é compreensível pela proximidade, pela cumplicidade, pela estima que havia entre os dois. Mas foi nitidamente um exagero – aliás, que o próprio Adelino da Palma Carlos critica numa entrevista: “Como é possível que um grau 33 [que era Magalhães Godinho] possa chamar chefe a um grau 2?” Isto é um bocadinho anedótico, mas a história também é feita destes episódios pitorescos.

Mas podemos ou não podemos dizer que Mário Soares, a seguir ao 25 de Abril, cumpriu um ritual maçónico?

Não podemos dizer isso. Creio que foi aquilo a que se pode chamar uma “sessão branca”, que pode ser fechada. Ou seja, uma sessão em que participam maçons à qual podem ter acesso não maçons. Possivelmente terá sido isso. Não foi uma sessão ritual. Há sessões brancas abertas, que são aquilo a que chamaríamos uma conferência normal promovida por uma loja, mas aberta a qualquer pessoa, onde não há insígnias maçónicas.

Na sessão branca fechada pode haver?

Pode haver. Normalmente, só os escapulários ou as faixas, e não o avental. Em princípio, o avental só se utiliza nas sessões rituais.

Voltemos ao princípio: a revolução do 25 de Abril precisou da caução da maçonaria?

Não. A maçonaria estava numa situação de grande debilidade em abril de 1974. Existiriam umas dezenas de maçons, na sua maior parte com uma idade já provecta. Existiam quatro, cinco lojas em funcionamento, das quais só duas regularmente, em Lisboa. A maçonaria não poderia ter influência na preparação da revolução. Estou a pensar em António Reis, que era oficial miliciano na altura… António Reis [historiador, ex-grão-mestre do Grande Oriente Lusitano] só entra na maçonaria muitíssimos anos depois! Trata-se de uma coincidência, tal como aconteceu em relação ao 5 de Outubro. Muitos dos que participaram na revolução republicana só se tornaram maçons depois. É preciso termos algum cuidado com as cronologias.

Defende no seu livro que houve sempre maçons dos dois lados da barricada…

Não é só dos dois lados, é mesmo nos vários lados (risos). É em quase todos os lados. O que caracteriza a maçonaria, e penso que o livro mostra isso bem, é a pluralidade em termos políticos. Há um certo número de valores: liberdade, igualdade, fraternidade. Mas dentro desses valores, que são relativamente amplos e abstratos, cada um escolhe o caminho que entende em termos político-partidários para a concretização desses valores. Isso faz com que, ao longo do tempo, encontremos maçons em posições político-partidárias divergentes, contraditórias e até, por vezes, afrontando-se de um modo bastante veemente.

Temos o caso do Mendes Cabeçadas, que foi o operacional em Lisboa do 28 de Maio e também foi chefe de governo…

Temos Mendes Cabeçadas, que é um homem do 5 de Outubro, é um homem do 28 de Maio, é um homem da resistência contra a ditadura. A componente principal do 28 de Maio são os republicanos conservadores. O 28 de Maio é uma convergência de várias forças, umas claramente reacionárias, católicas, monárquicas, mas outras republicanas que queriam o regresso à pureza dos ideais republicanos do 5 de Outubro de 1910, como foi o caso de Mendes Cabeçadas. O que sucedeu foi que essa convergência tinha como objetivo terminar a hegemonia do Partido Republicano Português, mas o problema é que, depois, cada grupo queria coisas diferentes. Mendes Cabeçadas e outros queriam uma situação excecional rápida para pôr as coisas em ordem e o regresso à normalidade constitucional. Nunca uma ditadura como a que veio a ser instalada. Meses depois, muitos dos militares que fizeram o 28 de Maio compreenderam que não era aquilo que queriam. E pegam em armas contra a ditadura. Alguns dos principais organizadores do 28 de Maio de 1926 comandam uma revolta contra a ditadura logo no ano seguinte.

A seguir ao 25 de Abril, tirando Adelino da Palma Carlos e Mário Soares, não temos mais nenhum maçon para apresentar? 

Todos os outros primeiros-ministros não eram maçons.

Mas não podemos dizer que a maçonaria perdeu influência entre a i República e o tempo presente?

Essa história da influência da maçonaria é mais lenda do que realidade, mesmo em relação à i República. Um dos principais objetivos do livro foi sublinhar o facto de que a pertença à maçonaria não se refletiu na governação – rigorosamente nada. A ideia que existe ainda hoje é que a maçonaria controla. Quando se controla, controla-se num determinado sentido. E ali prova-se que não há um único sentido, há muitos sentidos. Pertenciam à maçonaria o líder do Partido Republicano Português, o líder do Partido Evolucionista, o líder da União Republicana, o líder do Partido Nacionalista, o líder do partido sidonista! Até o primeiro secretário-geral do Partido Comunista foi maçon. E que influência é que isto teve na política? Nenhuma! Cada um agiu de acordo com os princípios do seu partido, e não de acordo com as instruções recebidas pela maçonaria! Se aquela teoria da correia de transmissão fosse correta, eles teriam sido fiéis e obedientes instrumentos da maçonaria. E não foram! Antes tivessem sido porque, se assim fosse, a República não teria sido a confusão que foi, as lutas partidárias tremendas….A maçonaria tê-los–ia obrigado a fazer pactos… E isso não aconteceu.

Portanto, não houve irmandade maçónica na i República…

Essa irmandade poderá ter existido nos templos maçónicos, mas não na vida pública.

Mas nunca houve irmandade maçónica na vida pública?

Poderá ter havido em casos pontuais, mas não, de facto, no sentido de uma governação efetiva.

Para os “profanos”, como nós, a fraternidade maçónica é sempre suspeita de ser uma rede de tráfico de influências…

Claro. Mas isso acontece com qualquer instituição humana. Qualquer organização, de qualquer tipo, onde as pessoas se juntam, a tendência é sempre para isso. Seja na maçonaria, num partido, num clube de futebol, numa igreja, onde quer que seja. As pessoas conhecem-se, têm relações pessoais, de amizade, é natural que tendam a favorecer-se umas às outras. Agora, o que eu acho sempre muito injusto é olhar-se para a maçonaria como sendo a única organização onde isso pode acontecer. Não é! Em qualquer organização humana isso acontece. Agora, isso é contrário aos princípios maçónicos.

O favorecimento, a cunha?

Obviamente. A cunha, o favorecimento, o compadrio, a corrupção. Isso é contrário à ética maçónica! O que não quer dizer que não se faça, obviamente. Mas quando se faz, é antimaçónico. Vamos imaginar que alguém tem uma empresa e há dois candidatos. O favorecer um candidato por ser maçon não é lícito, a não ser que seja o mais credenciado. Agora, se estiverem dois candidatos em pé de igualdade, é compreensível que se favoreça o que é maçon em detrimento do que não é.

Mas se estão em pé de igualdade, porquê favorecer o maçon?

Tem de se escolher um!

E então escolhe-se o “irmão”?

Claro! Mas isso acontece em qualquer organização humana. Só seria escandaloso se o escolhido tivesse um currículo inferior ao outro. Em pé de igualdade, é natural que funcione esse tipo de simpatia, como a pertença ao mesmo partido, terem a mesma filiação clubística, etc.

É maçon assumido?

[hesitação] O que entende por isso de ser maçon assumido?

Uma pessoa que assume perante o público em geral que pertence à maçonaria.

É conhecida a minha atividade nesse campo, como estudioso, historiador, conferencista. Digamos que é um mundo em que me movo com relativa facilidade.

Mas pode dizer-me se é maçon?

Sou maçon.

O que o levou a aproximar-se da maçonaria?

Em primeiro lugar, a História. O conhecimento que eu tinha, o estudo. Não foi um passo que se dá em relação a qualquer coisa que se desconhece. O conhecimento da história facilita tudo isso. Se bem que seja diferente. O conhecimento da história das ideias, da filosofia, é uma coisa. Depois, a vivência é outra completamente diferente. Os princípios não valem de nada se não forem aplicados corretamente. Quando não são aplicados corretamente é uma adulteração, um abastardamento.

Quando se juntou à maçonaria já era historiador?

Sim.

E já era historiador da maçonaria?

Só muito episodicamente. Foi uma temática que sempre me interessou.

É um membro ativo da maçonaria?

Sim.

António Arnaut deu uma entrevista a este jornal em que dizia que todos os maçons em cargos públicos deviam dizer que são maçons. Concorda com ele?

Compreendo a ideia dele, mas defendo que a assunção desse estatuto compete sempre ao próprio. Sou completamente contra aquela questão da declaração de interesses. Isso é uma violação da privacidade total e completa. Se formos por aí, então temos de ir mais fundo. Então também deveria existir uma declaração de interesses relativamente à questão sexual, por exemplo. Porque não? Tem a ver com a privacidade das pessoas…

Mas em que é que a questão sexual pode interferir no espaço público?

Ai pode! Alguns dos casos mais graves da história da espionagem tiveram a ver com a exploração desses campos. Veja–se o caso Profumo, na Inglaterra, ou o caso Strauss-Khan. Alguém tem dúvidas que foi uma armadilha que lhe foi montada?

Eu tenho.

Ou seja: que ele é assim, é. Depois escorregou e liquidaram-lhe a candidatura à presidência. Coloca-se a mesma situação em relação à religião. As pessoas terão de declarar a religião que professam? Penso que compete a cada um decidir se sim ou não.” (in entrevista ao SOL)

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