“Gérard Anaclet Vincent Encausse (Corunha, Espanha, 13 de Julho de 1865 — Paris, França, 25 de Outubro de 1916), mais conhecido pelo pseudónimo de Papus, foi um médico, escritor, ocultista, rosacrucianista, cabalista, maçom e fundador do martinismo moderno.
Discípulo de Joseph Saint-Yves d’Alveydre (1842-1910), um iniciado da Igreja Gnóstica e frequente investigador de muitos grupos ocultos de seu tempo. Um dos mais famosos ocultistas da virada do século, ele foi o fundador da Escola Hermética em Paris, que atraiu muitos estudantes russos e dirigiu revista francesa de ocultismo, L’Initiation. Papus também foi o cabeça de duas sociedades esotéricas, a L’Ordre du Martinisme e a L’Ordre Kabbalistique de la Rose-Croix.
Papus, juntamente com Oswald Wirthe Stanilas de Guaita,sonharam em unir os ocultistas de todo lugar numa fraternidade Rosacruniana reavivadade, uma ordem oculta internacional em que eles esperavam que o Império Russo desempenharia um papel de líder como ponte entre o Leste e o Oeste.” (in Wikipédia)
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A Pedra Filosofal – Provas Irrefutáveis de sua Existência
É comum a opinião de que a Alquimia é uma arte falsa, cujo propósito é fabricar ouro de maneira artificial, e que na Idade Média levou muita gente crédula à ruína.
Em primeiro lugar, uma questão se apresenta, e consiste em saber como se deve considerar a Alquimia, sob o ponto de vista da Ciência Oculta. Para isso, omitiremos os comentários e declarações relacionados com a Alquimia, que aparecem em certas Enciclopédias da atualidade, e nos referiremos somente àqueles que consideram os alquimistas como mestres em sua ciência. Por exemplo, tomemos a obra de Raimundo Lulio. O que encontramos nela? Nada além das regras desta arte especial, considerada como a única preocupação dos alquimistas. Com efeito, em toda obra séria, na qual se faça referência à filosofia hermética, encontraremos o seguinte:
1. Uma filosofia profunda que serve de base a uma síntese natural, a qual tem como ponto de partida, a teoria da evolução exposta até suas últimas consequências, e a teoria da unidade da substância e do plano (por fim, o axioma alquímico que diz: “Tudo está em tudo”).
A Reencarnação
A reencarnação é a volta do Princípio espiritual num novo envoltório carnal. Para um ser humano, este envoltório é sempre um corpo humano. Mas pode reencarnar-se quer no mesmo planeta em que viveu sua última existência, quer num outro planeta.
Não se pode fixar um tempo de precedência à volta num corpo material, da mesma forma que não se pode fixar um tempo para a vida terrestre. Entes humanos passam três anos na terra e outros passam 90 anos. Se disséssemos: o homem vive na terra 30 anos, falaríamos como um amador de estatística, porém não como um observador das leis reais.
A duração da vida na terra é um factor pessoal; da mesma forma a duração do tempo que se passa antes de voltar à terra é igualmente um factor pessoal que depende de muitas circunstâncias.
Digamos logo que, antes de vir reencarnar-se num planeta, o ser espiritual consente na perda da memória das existências anteriores. Daremos todas as passagens dos autores clássicos, referentes a este fato e simbolizadas pela absorção do copo de água do rio Lethes, ou rio do esquecimento, que se bebia antes de voltar a terra.
Com efeito, a reencarnação foi ensinada como um mistério esotérico em todas as iniciações da Antiguidade.
Eis uma passagem dos ensinos egípcios 3.000 anos antes de Jesus Cristo, sobre a reencarnação:
Antes de nascer, a criança viveu, e a morte nada termina. A vida é uma volta, Khéprou, ela passa semelhante ao dia solar que recomeça.
O Homem se compõe de inteligência, Khou, e de matéria, Khat.
A inteligência é luminosa e se reveste, para habitar o corpo, de uma substância que é a alma: Ba.
Os Animais têm uma alma: um Ba, porém um Ba privado de inteligência, de Khou.
Como está constituído o Ser Humano
Como está constituído o Ser Humano? Tem ele apenas um corpo que produz todas as suas faculdades?
Tem ele uma alma imortal ou um Espírito ligado a este corpo?
Se o corpo e o Espírito existem no homem, são eles únicos em presença ou são unidos por um outro elemento?
Tais são os problemas que agitam os filósofos desde há muitos séculos e é para estes problemas que viemos oferecer uma solução, expondo os ensinamentos da tradição oculta e cristã do Ocidente.
Nesta pequena exposição, destinada a todos, discorreremos o menos possível de filosofia, e não estabeleceremos qualquer discussão. Àqueles que quiserem controlar nossas reivindicações rogamos que se transfiram para as volumosas obras dos Mestres e aos exaustivos estudos sobre o ocultismo. Vejamos primeiro as três questões fundamentais.
Iniciação Astrológica
A base dos estudos científicos feitos nos templos antigos pelos egípcios, caldeus, chineses, etc., era o estudo do céu. O percurso do Sol nos 12 signos era o ponto de partida de inúmeras histórias místicas (por ex.: a conquista do Velocino de Ouro, os Trabalhos de Hércules).
O nascer e o ocaso das constelações, os múltiplos movimentos que aconteciam no imenso MAR CELESTE, Maha María, prendiam a atenção dos iniciados e formavam a base de um ensinamento tanto preciso como profundo.
Os caracteres alfabéticos dos alfabetos hieroglíficos egípcios, cuneiformes e chineses primitivos[1] derivam diretamente da forma que têm certas constelações (fig.1). O céu torna-se, assim, o conservatório do verbo, e se todos os monumentos intelectuais da Terra fossem destruídos, bastaria empreender o estudo sistemático do céu para recuperar os Princípios da construção.
Há três círculos de construção geral:
– o círculo do astro central;
– o círculo dos astros móveis e
– o círculo dos fixos:
Há sete astros móveis e doze signos zodiacais fixos. Imagine tudo isto em sinais hieroglíficos e terá a chave de todos os alfabetos sagrados de 22 letras, que a Universidade da Babilónia tinha, desde o ano 500 A.C., tornados exotéricos.
Martines de Pasqually Sua vida – Suas práticas Mágicas Sua Obra – Seus Discípulos
Até o presente, não se possuía nenhum documento sério que permitisse elucidar a vida de um dos homens que mais contribuiu para o desenvolvimento e para a propagação do iluminismo na França, 5 Martines de Pasqually, o iniciador de Louis Claude de Saint-Martin, denominado Filósofo Desconhecido e fundador dos ritos dos Elu Cohen. Representante da tradição Martinista, nós fomos postos defronte à mesma, graças à nossa loja de Lion, para estudar os arquivos milagrosamente salvos e que permitiram lançar uma luz decisiva sobre a história do iluminismo na França do século XVIII e sobre as relações das lojas com a Estrita Observância do barão de Hundt.
Estes arquivos são provenientes de um homem apenas conhecido por autores especiais, Jean Baptiste Willermoz, posto à frente do movimento esotérico em Lion e que desempenhou um papel dos mais importantes na história do Martinis.
Martinesismo, Willermosismo e Martinismo
É impossível compreender a essência do Martinismo de todas as épocas, se antes não estabelecermos a diferença fundamental existente entre uma Sociedade de Iluminados e a Maçonaria. Uma Sociedade de Iluminados liga-se ao Invisível por um ou por vários de seus chefes. Seu princípio de existência tem sua origem em um plano supra-humano; toda sua organização administrativa se faz de cima para baixo. Os membros da fraternidade obedecem a seus chefes, obrigação que se torna ainda mais importante à medida que os membros entram no círculo interior.
A Maçonaria não está ligada ao Invisível por nenhum vínculo. Seu princípio de existência tem sua origem em seus membros e em nada mais. Toda sua organização administrativa se faz de baixo para cima, com selecções sucessivas por eleição.
Infere-se disso que esta última forma de fraternidade nada pode produzir para fortificar sua existência a não ser cartas constitutivas e papéis administrativos, comuns a toda sociedade profana; enquanto as Ordens de Iluminados baseiam-se, sempre, no Princípio do Invisível que as dirige.
Meditações sobre o “Pater”
O Pai evoca a ideia de Criador, e de Criador activo. Ao mesmo tempo, este termo implica a ideia do amor do Criador por todas suas criaturas.
O Criador, o Pai, não pode admitir que uma de suas criações seja destruída sem o seu consentimento, sem a permissão do Criador. Nisso há também um grande mistério, nomeadamente o da circulação da vida universal no Universo e das relações dessa vida universal com o Pai Celeste.
Poder criador activo e bondade soberana, tais são os dois princípios evocados pelo termo: Pai Nosso.
O Plano Astral: O Estado de Desordem e a Evolução Póstuma Do Ser Humano
Presidente do Grupo Independente de Estudos Esotéricos Diretor de L‘initiation e de Voile d‘Isis
A tradição cabalística determina três fases sucessivas no fenómeno da morte e ensina que a morte do corpo físico, seguida pela dissolução de seus elementos, é apenas a primeira etapa da evolução póstuma da entidade humana.
No entanto, nenhum escritor contemporâneo abordou, segundo nosso conhecimento, a análise dos fatos que se estendem desde o início da agonia até o momento em que o elementar é constituído definitivamente. Contentamo-nos em dizer apenas que este é o estado de desordem e em geral não se vai mais além.
Mas esta questão é de grande importância a elucidar, porque permite realizar deduções capitais, por um lado sobre o aspecto do sepultamento, da cremação ou do embalsamamento do corpo físico e, em segundo lugar, sobre a reacção do ideal do ser humano com respeito ao futuro.
O que ocorre a nossos mortos
Meu velho amigo e editor Henri Dangles teve a excelente ideia de publicar uma nova edição – a terceira – de um dos opúsculos póstumos de nosso grande e saudoso PAPUS (Dr. Gerard Encausse). Estas últimas e luminosas páginas foram a última obra de Papus. Foi redigida alguns meses antes de seu falecimento, e publicada a título póstumo em 1918.
Mobilizado como médico chefe de uma equipe cirúrgica de campanha, em 1914, meu querido pai se devota plenamente ao serviço dos feridos durante os meses que passou na fronte. Foi também durante este período de sua existência terrena que ele escreveu estas páginas seguintes, tão emotivas quanto reconfortantes, ao mesmo tempo. Como se sabe, ele foi vítima de sua dedicação e, gravemente doente, teve de regressar por fim a Paris, onde, em 25 de Outubro de 1916, viria a falecer apenas aos cinquenta e um anos.
Enxuguemos nossas lágrimas, ouçamos esta grande voz do além-túmulo e de todo coração, agradeçamos àquele que, pelo bem de muitos seres humanos, foi e continua sendo um guia, um amigo, um Consolador, um Mestre em toda a pura e bela acepção do termo.
Os Discípulos Da Ciência Oculta: Fabre d’Olivet E Saint-Yves d’Alveydre
Quantas reputações literárias são feitas sobre as opiniões de pessoas que não conhecem uma linha daquilo de que estão falando! Um autor passa vários anos de sua vida a desenvolver um trabalho consciencioso, e qualquer um consegue, sem sequer ler quatro páginas, lançar um tal epíteto muitas vezes repetido à exaustão pelas pessoas. É dever de todo homem honesto protestar contra tais processos em nome da justiça e da lealdade. Fizemos nossos esforços para expor as doutrinas de Fabre d‘Olivet e de Saint-Yves d‘Alveydre, ao menos como nós as compreendemos. Devemos invocar perante os leitores uma única consideração, que tivemos a honestidade de ler livros inteiros dos autores dos quais estamos falando, e suplicamos por todos aqueles que desejam julgá-los de forma imparcial de não crê-nos antes de terem agido da mesma forma.
Sepher Yetsirah – O Livro Cabalístico da Criação
CAPÍTULO I – Exposição Geral
É com as trinta e duas vias da sabedoria, vias admiráveis e ocultas, que IOAH (h w h y) DEUS de Israel, DEUS VIVO e Rei dos Séculos, DEUS de Misericórdia e de Graça, DEUS Sublime tão Exaltado, DEUS vivendo na Eternidade, DEUS santo, grava seu nome por três numerações: SEPHER, SEPHAR e SIPUR, isto é o NÚMERO, O QUE NUMERA e o NUMERADO (Também traduzido por Escritura, Número e Palavra – Abendana), contido nas dez Sefirotes isto é, dez propriedades, com exceção do inefável, e vinte e duas letras.
As letras são constituídas por três mães, mais sete duplas e doze simples. As dez Sefirotes com excepção do inefável (EN SOF), são constituídas pelo número dez, como os dedos das mãos, são cinco mais cinco, mas no meio deles está a aliança da unidade. Na interpretação da língua e da circuncisão encontram-se as dez Sefirotes com excepção do inefável.
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