“Proclo Lício (em latim: Proclus Lycaeus; Constantinopla, 8 de fevereiro de 412 — 17 de abril de 485), chamado de Proclo Diádoco (“Sucessor”; em grego: Πρόκλος ὁ Διάδοχος, transl. Próklos ho Diádokhos), foi um filósofo neoplatônico grego do século V. Teve o mérito de desenvolver a corrente de pensamento baseada em Platão, iniciada por Plotino e depois expandida por Porfírio e Jâmblico. Proclo combina os seu próprios pontos-de-vista com os de seus mestres – Plutarco, Siriano de Alexandria, Porfírio e Jâmblico.
Proclo nasceu em Constantinopla, de uma próspera família da Lícia na cidade de Xanto, seu pai, Patrício, era um advogado e estava em atividade na época, mas retornou depois para Xanto onde Proclo recebeu sua educação básica. Sabe-se que seus pais eram pagãos convictos (Marino de Neápolis os descreve como “de virtude excepcional”) de modo que é interessante como seu Partrício operava durante o império de Teodósio II.
De Xanto, Proclo se mudou para a Alexandria onde seus estudo foram conduzidos pelo retórico Leonas que o recebeu e o tratou como filho, através de Leonas, Proclo foi apresentada para os mais distintos mestres da Alexandria que logo o ficaram cativados por sua habilidade, caráter e modeos. Ele estudou gramática com Órion, depois aprendeu latim para como seu pai, dedicar-se ao estudo da jurisprudência. Leonas precisou fazer uma viagem para Bizâncio e levou o jovem Proclo, de modo que este continuou seus estudos, mas ao voltar para Alexandria Proclo abandonou a retórica e a legislação para dedicar-se à filosofia da qual seu instrutor foi Olimpiodoro, o Velho. Ele também aprendeu matemática com Heron.
Seja pela confusão de suas doutrinas ou pela indistinção de seu modo de ensiná-las, Olimpiodoro raramente era compreendido por seus discípulos, porém Proclo, graças ao seu grande poder de memorização e compreensão, se tornou capaz de repetir todas as aulas aos seus colegas ao final de cada aula, quase que palavra por palavra, de acordo com Marino de Neápolis, Proclo sabia de cor todos os tratados filosóficos de Aristóteles. Olimpiodoro ficou tão impressionado com os feitos de Proclo, que concedeu a ele a mão de sua própria filha.” (in Wikipédia)