Ano 1020

– O documento Liber Honorantiae Cruitatis Papiro, descoberto em Pavia, antiga capital da Lombardia, enumera as obrigações a que estão sujeitos os grêmios.

Ano 1268

– Etienne Boileau, preboste do Rei da Franca, manda redigir o Livro dos Ofícios, codificação dos estatutos das confrarias parisienses.

Ano 1272

– Um Bispo de York de nome Giffard haveria sido G\ M\ da Corporação de Construtores que construía a Abadia de Westminster. (Fonte: Histoire du Grand-Orient de France, de A. G. Jouaust).

Ano 1277

– O Papa Nicolas III concede aos Magistri Comacini a exclusividade para construir templos na cristandade, pelo que estes construtores receberam o nome de francmaçons e, por desempenhar tão nobre missão, ficaram desobrigados do pagamento de impostos e servidão. Não existem documentos do fato.

Ano 1292

– Um documento usa a palavra Loja para designar a oficina de pedreiros (Fonte : Os origens religiosos e corporativos da maçonaria, de P. N.)

Ano 1320

– Foi pago a um homem para que limpasse a Loja do Capítulo de Santo Estevão, Westminster. (Fonte : Bernard B. Jones, Quator Coronati).

Ano 1321

Foram gastos 2 xelins e 6 pences para reparar o empalhado do teto da Loja Caernarbom Castle (Fonte : Bernard B, Jones, Quator Coronati).

Ano 1326

Abr 18 – O Concílio de Avignon em seu Cânon XXXVII condena as Corporações de construtores, dizendo que os seus membros se reúnem uma vez por ano, obrigando-se por juramento à caridade e assistência mútuas, usam o mesmo traje e têm sinais característicos de reconhecimento. (Fonte : Nicola Aslan em História Geral da Maçonaria).

– Os pedreiros que construíram a Catedral de York, comiam no interior de suas Lojas. (Fonte : Bernard B. Jones, Quator Coronati)

– É construído o Westminster Hall pelos “citiens et masons de Londres”.

Ano 1334

– O Papa Bento XII ratifica a exclusividade dos Magistri Comacini de construir Igrejas e castelos, concedida em 1277 pelo Papa Nicolas III.

Ano 1350

– Num estatuto redigido em francês é mencionado o “mestre mason de frenche pêre” que é o equivalente anglo-francês aproximado de 2 expressões latinas: Scultptores lapidum liberarum (Londres 1212) e Magister lathomus liberarum petrarum (Oxford 1391). Esta expressão seria equivalente em português a um “mestre talhador de pedra franco”. O significado prende-se mais ao material trabalhado do que propriamente ao homem que trabalha.

– Em uma Ata do Parlamento inglês, no reinado de Eduardo III, aparece o nome de Free-mason que trabalha a pedra de ornamentação, para diferenciá-lo do Roughstone mason, o pedreiro grosso. Era uma ordenança que estabelecia um salário máximo e outras disposições.

Ano 1354

– Na Carta de Edward III, rei da Inglaterra, permite-se que as Companhias de Francmasons elejam anualmente seus Vigilantes.

Ano 1356

– Henry Yevele e mais 11 pedreiros livres foram até o Prefeito de Londres levando o esboço de um Estatuto para a formação de uma sociedade fechada de pedreiros. Este Estatuto foi aprovado e a sociedade formada.

Ano 1370

– Foi proibida uma Loja de maçons do Castelo de Westminster (Fonte : Bernard B. Jones, Quator Coronati).

Ano 1376

Agosto 3 – A primeira menção da palavra “free-mason” aparece no livro da cidade de Londres para identificar aos maçons da Fraternidade de Londres.

Ano 1377

– Numa lista da Companhia de Francmaçons está o juramento dos Vigilantes de Oficio que começa assim : “Ye shall swere ye shall wele and truly oversee the craft of …………. Where of ye be chosen Wardens of the year”.

– William Humberyle, designado como Magister Opirir e freemaster mason é contratado pelo Merlon College de Oxford.

Ano 1378

– Nasce Christian Rosenkreutz, fundador da Ordem Rosacruz.

Ano 1390

– O Manuscrito de Halliwell ou Poema Regius (James Orchard Halliwell, antiquário inglês que não era maçom, descobriu o documento na Biblioteca Regia do Museu Britânico e foi publicado no Freemason Magazine em Junho de 1815) teria sido escrito na segunda metade do século XIV, conforme opinião de seu descobridor. A data deve ser entre 1425 a 1427 porque não poderia ter sido preparado antes da lei de 1427 e nem depois da lei de 1444/1445. David Casley, especialista na matéria, estima que o escrito é de 1390. O historiador maçônico alemão, irmão Wilhem Begemann (1843-1913) indica Worcester como o lugar de origem do manuscrito.

O Manuscrito, conservado atualmente no Museu Britânico, foi, em um tempo, propriedade de Charles Theyer, colecionista do século XVII, quem o doou para a família real, e em 1757, George II doou-lo simbolicamente para o povo inglês, ficando na Biblioteca Regia. Sua importância como documento foi descoberto pelo mencionado J. O. Halliwell, mais tarde, Halliwell Phillips que presenteou-o a Sociedade de Antiquários de Londres em 18 de Abril de 1839. O nome de Manuscrito Régio foi sugerido por Gould para assinalar a investidura de seus anteriores proprietários e doadores.

Este documento contém 794 versos em inglês antigo; apresenta a antiga tradição da Corporação, os 15 artigos da lei com 15 pontos de ampliação, as novas Ordenanças de Geometria e a Lenda dos 4 Coroados. A Maçonaria e conhecida nelecomo Geometria. O Poema Régio não faz menção ao Templo de Salomão e nem a Hiram Abif. Destaca a dois personagens:

Euclides, o geometra grego alexandrino do século III ac e a Noé bíblico. (Note-se a similitude com a Constituição de Anderson). Relata que o grêmio estabeleceu-se em York em 926 sob o patrocínio do Príncipe Edwin, irmão, médio irmão ou sobrinho do rei Atelsthan.

Ano 1396

– Num contrato em latim fala-se do emprego de “24 lathomos vocatos freemaceons” que demonstra que o termo era conhecido no inglês técnico sem equivalente no latim.

Ano 1410

– O Manuscrito de Cooke é descoberto por Matthew J. Cooke e divulgado por ele em forma impressa em 1861. Está escrito em prosa (930 linhas) com 19 artigos sobre a historia da Geometria e a Arquitetura; seguem os deveres, uma parte histórica, artigos que regulamentam o trabalho e a sua organização, que haveriam sido promulgados na época do rei Athelstan; 9 conselhos de ordem moral e religioso e 4 regras relativas a vida social dos maçons. Neste Manuscrito aparece pela primeira vez o termo “especulativo” falando do filho (irmão, médio irmão ou sobrinho) do rei Athelstan. O Manuscrito não menciona a Hiram Abif, unicamente fala que na construção do Templo de Salomão o “filho do rei de Tiro foi seu Mestre”, que alguns interpretam como sendo a primeira alusão maçônica a Hiram Abif. O historiador Wilhem Begemann indica Gloucester como o local de origem do Manuscrito. Outras datas da origem são 1430 ou 1440 conforme “Os origens religiosos e corporativos da Francmaconaria”.

Ano 1436

– Na Biblioteca Bodleian, creditada como a Biblioteca em atividade mais antiga do mundo (Oxford, Inglaterra) existe um manuscrito, supostamente escrito pelo rei Henrique VI (1421-1471) e copiado fielmente por John Leyland sobre “Perguntas e respostas referentes ao mistério da maçonaria”. Fala do cálculo aplicado a construção de edifícios, manifesta que a Ordem teve seu início em Oriente e que foi trazida ao Ocidente pelos fenícios; chegou a Inglaterra da França onde tinham chegado iniciados da G.’. L.’. de Crotona, fundada por Pitágoras. Ao que parece, as perguntas representam o exame de um maçom.

O rei Henrique VI (1421-1471) e os nobres da corte teriam sido iniciados na Fraternidade em 1442. A data de emissão do manuscrito, 1436, indicaria que o Rei só tinha 15 anos ao ser iniciado. Outra versão atribui o manuscrito a Henrique IV (1367-1413) mas ele morreu antes.

Ano 1439

– Em virtude de um privilégio concedido pelo rei Jayme II, as lojas escocesas passam a ter como G.’.M.’. hereditário os senhores Saint-Clair de Rosalyn.

Ano 1452

– É realizado o Convento Maçônico de Estrasburgo, Alemanha, convocado por Erwin de Steinbach e com a participação de arquitetos de Alemanha, Inglaterra e Itália. Foi estabelecido um Código de Regulamentos e foi organizada a Fraternidade de Franc-maçons. Foram reconhecidas 3 classes de artífices : Mestre, Companheiro e Aprendiz, estabelecendo sinais e saudações como métodos de reconhecimento, parte dos quais foram tomados dos maçons ingleses. Foram criadas cerimônias de iniciação com simbolismo que ocultava doutrinas profundas de filosofia, religião e arquitetura.

Como resultado do Convento foram estabelecidas Lojas em muitas cidades da Alemanha, reconhecendo a supremacia da Loja de Estrasburgo. Erwin de Steinbach foi eleito G.’.M.’.

Ano 1459

– É realizado um Convento Maçônico em Ratisbona (Regensburg) Baviera.

– Dotzunger, arquiteto da Catedral de Estrasburgo, como Presidente do Grêmio da Alemanha, convoca a Assembléia de Mestres de todas as Lojas, sendo discutido e sancionado o Código de Leis adotado em 1452 conhecido como As Constituições dos Maçons de Estrasburgo. Foi estabelecido que deveriam ser criadas 4 Grandes Lojas, em Estrasburgo, Viena, Colônia e Zurich, e que o Mestre de Obras da Catedral de Estrasburgo seria o G.’.M.’. dos maçons da Alemanha.

Ano 1462

Ago 24 – As Lojas de Magdeburgo, Halberstadt, Hidesheim e de todas as cidades de Saxónia inférior se reúnem em Torgau, onde aceitam as Constituições aprovadas em Estrasburgo. Redigiram uma Constituição com 112 artigos que ficou conhecida como Ordenações de Torgau

– A Associação de Investigação maçônica de Manchester, Inglaterra, deu a publicidade em 1941, um documento dos Estatutos alemães de 1462 onde está escrito o juramento do Aprendiz de não revelar a saudação maçônica.

Ano 1464

– É realizado um novo Convento Maçônico em Ratisbona, convocado pela G\ L\ de Estrasburgo para estudar as divergências das GG.’. LL.’. de Estrasburgo, Colonia, Viena e Berna.

Ano 1469

Abr 24 – E realizado um Convento Maçônico em Esfira (ou Spira) convocado pela G\ L\ de Estrasburgo para que fosse estudada a construção de obras públicas, religiosas e monumentais dos principais Estados da Europa, para estudar a verdadeira situação das confrarias maçônicas e, especialmente as estabelecidas na Inglaterra, nas Gálias, Lombardia e Alemanha e, finalmente para tratar dos direitos e atribuições das Lojas e suas recíprocas relações. (Fonte : Nicola Aslan em Historia Geral da Maçonaria).

Ano 1475

– Um Código escrito no reinado de Eduardo VI da dinastia normanda, para instrução dos candidatos a novos irmãos, diz:

“Que, pese a que muitos antigos documentos da Fraternidade em Inglaterra foram destruídos ou perdidos nas guerras de saxões e daneses, o rei Athelstan, insigne arquiteto, que ordenou traduzir a Bíblia a língua saxão no ano 930, uma vez que estabeleceu a paz e a tranqüilidade no reino, construiu grandes obras e estimulou a muitos maçons vindos da França, nomeando-os sobrestantes”. Estes trouxeram consigo as Obrigações e Regras da suas Lojas, conservadas desde os tempos de Roma e obtiveram também do Rei a reforma da Constituição das Lojas inglesas “segundo o modelo estrangeiro e o aumento de salários dos maçons operativos”.

Ano 1498

– A Fraternidade de Pedreiros de Estrasburgo e da Alemanha, que tinha declinado devido a distúrbios políticos, foi restabelecida pelo Imperador Maximiliano I, quem confirmou seus Estatutos e reconheceu seus deveres e privilégios.

(Fonte: freemasons-freemasonry)

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