“A pirâmide de Quéops foi o edifício mais alto do Mundo durante mais de dois mil anos. São 139 metros erguidos ao céu, em homenagem ao Faraó, deus na Terra, e de olhos no infinito onde habitariam os deuses.
Construídas há quase três mil anos, as pirâmides encantam gerações de pessoas desde que foram “descobertas” pelo ocidente, em 1882, com a publicação de um artigo de Flinders Petrie, o primeiro a medir com rigor aquelas estruturas.
Glen Dash, engenheiro eletrotécnico e um apaixonado da egiptologia, diz ter descoberto como os antigos egípcios conseguiram alinhar as pirâmides perfeitamente com os pontos cardeais.
A Pirâmide de Quéops, também conhecida como Grande Pirâmide de Gizé, a que se ergue mais alto num complexo tumular que incluiu ainda a Pirâmide de Quéfren, tem os quatro cantos da base piramidal alinhados com os quatro pontos cardeais: Norte, Sul, Este e Oeste.
Segundo um artigo do egiptólogo amador Glen Dash, publicado na Revista da Arquitetura do Antigo Egito, os antigos egípcios usaram o equinócio de outono para descortinar os pontos cardeais e marcar os cantos da construção.
Dash argumenta que se pode determinar o equinócio de outono contando 91 dias após o solstício de verão. Espetando uma vara no chão, basta seguir a sombra da extremidade da vara durante esse dia específico para obter uma linha perfeitamente enquadrada com o Este e o Oeste, argumentou aquele engenheiro eletrotécnico.
É apenas uma teoria. Não há registo algum a detalhar os métodos usados pelos egípcios para orientar as pirâmides nem foi encontrado qualquer compasso ou aparelho que pudessem ter usado para o fazer. Além disso, há outros métodos para encontrar os pontos cardeais.
Não há, que se saiba, qualquer razão científica para alinhar as pirâmides com os pontos cardeais. Construídas às ordens de semideuses, erguidas para honrar deuses, teriam de almejar a perfeição. A orientação geográfica podia ser, apenas, uma forma de demonstrar a grandeza dos matemáticos que as engendraram. Esse é apenas mais um mistério, entre tantos, que despertam a curiosidade e alimentam a paixão de milhões de pessoas pela grandeza destas obras eternas.” (Fonte: JN)