A Sabedoria dos Antigos Egípcios sobre a natureza da mente e o dinamismo secreto da vida.

«Com a iniciação egípcia, a reflexão sobre a transformação interior, central nas religiões monoteístas, recua vários milénios e encontra no vale do Nilo uma das suas fontes de inspiração mais perenes e duradouras. O estudo da iniciação revelou-se, em muitos sentidos, um “observatório” para aceder à caracterização egípcia da consciência, revelando com uma inesperada nitidez a compreensão que os sábios egípcios tinham acerca da mente e das suas possibilidades de transformação. Trata-se, neste sentido, de um campo de estudos que nos introduz perante uma leitura acerca da natureza da mente e do seu funcionamento que, para nós, homens do século XXI, se afigura totalmente nova e com um alcance surpreendentemente vasto.»

«Destinada a permitir o acesso a um mundo superior e luminoso, a iniciação transformava para sempre a vida do neófito e ampliava a sua compreensão da ordem do mundo, lançando-o assim numa nova vivência das coisas. É esta possibilidade de transformação que, em suma, nos propomos recuperar do esquecimento e devolvê-la aos homens de hoje como um ideal que, apesar dos milénios que decorreram desde a sua criação, nada perdeu do seu brilho original.»

«(…) Neste domínio, podemos, de facto, buscar inspiração no antigo modelo antropológico do vale do Nilo que, há mais de três mil anos, reconhecia a estreita ligação entre os estados de consciência e a saúde, antecedendo assim as questões que actualmente começamos a colocar no domínio da neurociência. Neste como noutros domínios, o olhar sobre o passado continua a fornecer-nos pistas para compreender o dinamismo secreto da vida.» (Rogério Sousa)

Fonte

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