“Bardo Thodöl (em tibetano: བར་དོ་ཐོས་གྲོལ; transliteração Wylie: bar-do thos-grol; IPA: [pʰàrdo tʰǿɖøl], onde bardo é “liminaridade” e thodol é “libertação”) é denominado também de A Grande Libertação Pela Auscultação Durante os Estados Intermediários ou Liberação Através da Escuta. No Ocidente é chamado de O Livro Tibetano dos Mortos, como referência ao Livro dos Mortos do Antigo Egito.
É um texto sagrado do Tibete cuja intenção é guiar a consciência de uma pessoa através de experiências a serem vividas por ela após sua Morte – intervalo este, segundo o budismo tântrico, compreendido entre a morte e o próximo renascimento. Além disso, o texto contém capítulos que abordam os sinais da morte e os rituais a serem realizados para o funeral do corpo. Seu conteúdo é fundamental para os processos de iniciação das escolas budistas tibetanas.
Pertencendo à literatura Nyingma do Tibete, é tido como o texto tibetano mais célebre e difundido internacionalmente.
A tradição do tantrismo considera este texto como um dos maiores “tesouros da terra” (gter ma), cuja compilação, datada do séc. VIII d.c., se atribui ao grande mestre Padma Sambhava. Acredita-se que o livro foi escondido por ordem de Padma Sambhava para que no futuro fosse encontrado. Em meados do séc. XIV, como almejado, o tertön (que, em tibetano, significa “descobridor de tesouros da prática budista”), Karma Lingpa, o encontrou no interior de uma gruta próximo ao Himalaia.
No Ocidente foi dado a conhecer, pela primeira vez, em 1927, através da tradução para o inglês realizada por W.Y. Evans-Wentz.” (in Wikipédia)
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